O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. A causa da morte não foi divulgada, mas Salgado enfrentava complicações de malária desde os anos 1990.
Nascido em 1944, em Minas Gerais, Salgado se tornou um dos maiores nomes da fotografia documental e ambiental. Com uma carreira iniciada em 1973, ele viajou por mais de 100 países, registrando imagens que marcaram a história do fotojornalismo. Seu trabalho é amplamente reconhecido por retratar questões sociais e ambientais, sempre com uma estética em preto e branco que se tornou sua assinatura visual.
Entre suas obras mais icônicas estão os projetos “Trabalhadores”, que documentou a vida de operários ao redor do mundo, e “Êxodos”, que retratou a migração de populações em situação de vulnerabilidade. Em 2014, seu legado foi celebrado no documentário O Sal da Terra, codirigido pelo cineasta Wim Wenders e por seu filho Juliano Ribeiro Salgado, indicado ao Oscar de Melhor Documentário.
Além da fotografia, Salgado também se dedicou à preservação ambiental. Em 1998, fundou o Instituto Terra, que trabalha pela recuperação de áreas degradadas no Brasil. Sua última grande exposição, Amazônia, foi inspirada nos sete anos que ele e sua esposa passaram fotografando a floresta e seus povos indígenas.
A morte de Sebastião Salgado gerou grande repercussão na imprensa internacional, com homenagens de diversas entidades e admiradores de sua obra. O fotógrafo deixa sua esposa, dois filhos e netos.
Seu legado permanece vivo, inspirando gerações de fotógrafos e defensores do meio ambiente.