Nos últimos 12 meses, o preço da carne no Brasil acumulou uma alta de 21%, resultado de fatores como o aumento das exportações e a inflação. Desde setembro de 2024, os brasileiros têm sentido os efeitos da disparada nos preços, tornando o consumo de carne bovina mais restrito no orçamento familiar.
O principal responsável pela alta é o aumento das exportações, que atingiram um recorde histórico de US$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025. A demanda internacional pela carne brasileira cresceu significativamente, devido à queda na produção de outros países fornecedores. Embora cerca de 70% a 80% da carne produzida continue abastecendo o mercado interno, os custos de insumos, energia e transporte também influenciaram diretamente os preços no varejo.
Além disso, o longo ciclo de produção da carne dificulta ajustes rápidos na oferta, prolongando a alta nos preços. Diante da situação, muitos consumidores têm buscado alternativas, como peixe e frango, para substituir a proteína bovina no cardápio.
Enquanto isso, especialistas do setor agropecuário defendem o uso de tecnologia para aumentar a produção de carne por hectare, garantindo a oferta sem desmatar novas áreas. A expectativa é de que, a médio e longo prazo, os preços possam ser ajustados, garantindo equilíbrio entre exportações e mercado interno.
Diante do aumento dos preços da carne bovina, os brasileiros têm adotado algumas alternativas para manter o consumo de proteínas de forma mais acessível:
- Substituição por frango e peixe: Essas proteínas têm sido as principais escolhas, devido ao custo mais baixo em comparação à carne bovina.
- Aumento no consumo de ovos: Ovos são uma opção econômica e nutritiva, e seu consumo tem crescido significativamente.
- Busca por promoções: Muitos consumidores estão explorando diferentes mercados e feiras para encontrar melhores preços.
- Adaptação do cardápio: Algumas famílias estão reduzindo a frequência de consumo de carne bovina e reservando-a para ocasiões especiais.