O ensino profissionalizante no Brasil registrou um crescimento expressivo em 2024, alcançando 2,57 milhões de matrículas, um aumento de 2,4 vezes em relação ao ano anterior. Desse total, 1,57 milhão de matrículas estão na rede pública, segundo dados do Censo Escolar 2024.
A modalidade de ensino médio regular combinada com cursos técnicos ou de magistério também apresentou avanço, passando de 12,5% das matrículas em 2021 para 17,2% em 2024. O estado do Piauí se destacou, com 52,4% das matrículas no ensino médio regular vinculadas a programas vocacionais.
O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou o compromisso do governo em ampliar o ensino técnico no país, afirmando que a meta é alcançar os patamares dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Investimentos e metas
O Plano Nacional de Educação (PNE), vigente até 2025, prevê atingir 4,8 milhões de matrículas na educação profissional técnica de nível médio. Além disso, a meta para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é que 25% das matrículas sejam integradas à educação profissional.
Para viabilizar essa expansão, o governo federal está investindo R$ 2,5 bilhões na construção de 102 novos campi de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), com o objetivo de oferecer 140 mil novas vagas em cursos técnicos integrados ao ensino médio. Além disso, R$ 1,4 bilhão está sendo destinado à melhoria da infraestrutura dos institutos federais já existentes.
Outra iniciativa relevante é o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permitirá que os governos estaduais revertam parte dos juros de suas dívidas com a União em matrículas de educação profissional técnica de nível médio, a partir de 2026.
Com essas medidas, o governo busca fortalecer o ensino técnico e ampliar oportunidades para os jovens brasileiros, preparando-os para o mercado de trabalho e impulsionando o desenvolvimento econômico do país.
Fonte: Agência Brasil
