A disputa comercial entre China e Estados Unidos está redefinindo o mercado global de soja. Em um movimento estratégico, o país asiático acelerou as compras do grão brasileiro para evitar depender da produção norte-americana. Segundo a Bloomberg, nesta semana, a China adquiriu 2,4 milhões de toneladas da commodity—um volume consideravelmente maior do que o habitual.
O Brasil já é o maior fornecedor de soja para a China, enquanto os Estados Unidos ocupam o segundo lugar. No entanto, metade da receita americana com exportações do grão vem das compras chinesas, tornando a situação ainda mais sensível para o mercado global.
De acordo com especialistas, a demanda por soja brasileira tem crescido não apenas devido à disputa comercial, mas também à valorização do dólar frente ao real, que torna o produto mais competitivo no exterior. Além disso, os produtores brasileiros precisam de caixa para financiar a próxima safra, impulsionando ainda mais as vendas.
🚜 Destaques da produção brasileira:
✅ Mato Grosso, o maior produtor do país, já colheu 99,5% da safra.
✅ No Rio Grande do Sul, a colheita ainda está acelerando, com apenas 35% do grão colhido até agora.
Embora o aumento das exportações seja benéfico para o Brasil, especialistas alertam que a soja americana ainda mantém uma fatia importante no mercado global, especialmente no segundo semestre, quando ocorre sua colheita.
Com a escalada das tarifas, o mercado agrícola segue atento aos próximos passos da China e dos Estados Unidos, que podem redefinir o cenário das exportações nos próximos meses.