A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Kisunla (donanemabe), o primeiro tratamento específico para Alzheimer no Brasil. Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o remédio é indicado para pacientes em estágios iniciais da doença, como comprometimento cognitivo leve ou demência leve.
Como Funciona o Kisunla
O medicamento atua na remoção de placas de proteínas beta-amiloides que se acumulam no cérebro, retardando a progressão da doença. Estudos clínicos demonstraram que, após 76 semanas de uso, o Kisunla reduziu significativamente o avanço dos sintomas em pacientes com Alzheimer inicial.
Benefícios e Limitações
Embora seja um avanço importante, o Kisunla apresenta limitações. Ele é mais eficaz em estágios iniciais e oferece poucos benefícios para pacientes em fases moderadas ou graves da doença. Além disso, o tratamento pode causar efeitos colaterais, como dores de cabeça, edemas e, em casos raros, sangramentos.
Outro desafio é o custo elevado do medicamento e a necessidade de exames específicos para triagem, o que pode dificultar o acesso para grande parte da população brasileira.
Impacto no Diagnóstico Precoce
Especialistas acreditam que a aprovação do Kisunla pode incentivar diagnósticos mais precoces, já que o medicamento é mais eficaz em estágios iniciais. Isso pode levar a uma maior conscientização sobre os sinais iniciais da doença e a busca por tratamentos adequados.
A aprovação do Kisunla representa um marco na neurociência e traz uma nova esperança para pacientes e familiares que enfrentam os desafios do Alzheimer. Apesar das limitações, o medicamento é um passo significativo na busca por tratamentos mais eficazes para essa condição debilitante.