O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está no centro de um escândalo financeiro de grande proporção. O novo presidente da autarquia, Gilberto Waller, revelou em entrevista à CNN Brasil que mecanismos capazes de evitar fraudes em descontos associativos não foram implementados em gestões anteriores, permitindo que irregularidades se acumulassem ao longo dos anos.
A fraude, investigada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, pode ter resultado em descontos indevidos de até R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários entre 2019 e 2024. Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, foi afastado e posteriormente demitido após as suspeitas recaírem sobre o sistema de gestão.
Diante da gravidade do caso, Waller enfatizou que as punições aos responsáveis são essenciais, mas insuficientes para garantir que novas irregularidades não ocorram. Ele defendeu uma reestruturação do INSS, com melhorias nos processos internos e maior controle sobre descontos aplicados aos beneficiários.
Como primeira medida concreta, a autarquia suspendeu por prazo indeterminado os descontos associativos, enquanto busca um novo modelo para regular a prática e evitar que fraudes voltem a comprometer os cofres públicos.
A equipe do INSS agora trabalha em propostas para modernizar a governança do sistema e fortalecer os mecanismos de fiscalização. As mudanças são vistas como um passo fundamental para recuperar a confiança dos aposentados e pensionistas que foram afetados pelas irregularidades.
