A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou, com foco em grupos prioritários como crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. No entanto, junto com a mobilização, surgem também desinformações sobre a vacina. Um dos mitos mais comuns é a crença de que o imunizante pode causar gripe, o que não é verdade.
De acordo com especialistas, a vacina contra a gripe contém vírus inativado, ou seja, incapaz de provocar a doença. Seu papel é estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos, fortalecendo a defesa do organismo contra o influenza. Os efeitos colaterais mais comuns incluem dor no local da aplicação, vermelhidão e inchaço, além de febre baixa em alguns casos, sintomas que desaparecem em até 48 horas.
Outro ponto relevante é que a proteção da vacina não é imediata. O corpo leva de 10 a 15 dias para desenvolver imunidade contra o vírus. Por isso, é essencial receber a dose antes do aumento dos casos sazonais de gripe.
A vacinação anual é necessária porque os anticorpos contra o vírus influenza diminuem com o tempo e novas variantes do vírus circulam globalmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza uma vigilância contínua para determinar a composição da vacina a cada ano. Em 2025, o imunizante disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) contém dois subtipos de influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo de influenza B (Victoria).
Especialistas alertam que, caso o indivíduo esteja com febre ou alguma infecção ativa, é recomendável esperar a recuperação antes de tomar a vacina, pois o sistema imunológico já estará lidando com outra condição.
Com um índice de cobertura vacinal de 90%, espera-se reduzir significativamente os casos graves da doença, prevenindo internações e mortes. A conscientização sobre a importância da vacinação, aliada ao combate à desinformação, é fundamental para o sucesso da campanha.